A viúva de Valdetário Benevides Carneiro, “Neta Carneiro”, será julgada, dentro de dois meses, pelo Júri Popular da comarca de Pau dos Ferros/RN sob a acusação de ter encomendado o assassinato do agropecuarista Elinaldo Simião Pereira, morto, aos 43 anos, no dia 11 de abril de 2006. Outros dois réus identificados como Márcio José Francelino e Rogério de Lima Costa também sentarão no banco dos réus. Eles são acusados de terem praticado o homicídio, a mando de Neta Carneiro.
A pauta do Júri Popular da comarca de Pau dos Ferros/RN marcou a data do julgamento para o dia 11 de janeiro de 2010, e a seção está prevista para ocorrer no auditório do Fórum Municipal Dr. Jaime Jenner de Aquino, mas devido à repercussão que o caso alcançou, chegando inclusive a ser tema do programa policial Linha Direta, exibido pela Rede Globo de Televisão, a reunião do júri poderá ser transferida para o plenário da Câmara Municipal de Pau dos Ferros/RN.
A seção será presidida pelo juiz José Vieira de Figueiredo Júnior e a defesa será patrocinada pelo advogado Andreo Zamenhof de Macedo.
O agropecuarista Elinaldo Simião foi assassinado, por volta das 5h00min, na cidade de Pau dos Ferros/RN, após ter saído da Pousada Parque das Serras, onde havia ido visitar uma namorada. A vítima estava em uma Pampa, quando dois homens em uma moto, com capacete, alvejaram Elinaldo com vários disparos, sem que ele tivesse chance de defesa.
Mesmo tendo sido alvejado várias vezes, o agropecuarista ainda chegou a correr dez metros. Peritos do Instituto Técnico-científico de Polícia (ITEP) juntamente com o delegado encarregado do inquérito na época, Inácio Rodrigues, contaram sete marcas de balas no corpo de Elinaldo, e encontraram várias cápsulas de pistola 380 próximos ao corpo. Elinaldo Simião foi atingido na cabeça, tórax e pés. Os assassinos aproveitaram o pouco movimento da rua para fugir, sem serem vistos.
Elinaldo Simião, é irmão do ex-prefeito de Caraúbas/RN, Agnaldo Simião Pereira, também executado em uma emboscada na companhia da sua esposa, o caseiro e mais dois policiais militares que trabalhavam como segurança. Na época, a polícia atribuiu aos Carneiros, à autoria da morte de Agnaldo Simião.
O agropecuarista havia sido preso meses antes de sua morte pela Polícia Federal em Salgueiro, no Estado de Pernambuco e estava preso, gozando do benefício do regime semi-aberto. Ele também havia sido absolvido do processo que o responsabilizava pelo plantio da droga no Sítio Sabugo. "Eu sou o alvo deles para morrer a qualquer hora", a frase pronunciada pelo agropecuarista Elinaldo Simião Pereira foi registrada no programa Linha Direta, da Rede Globo, que foi ao ar em 24 de julho de 2003. Elinaldo se referia à família dos Carneiro como seus possíveis matadores.
Fonte: gazetadooeste
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