segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

De dezembro para cá, o prefeito Bibi Costa (PR) vem usando muita tinta para cobrir os cabelos brancos.

“Tá pipocado! Tá estourado! Pow! Pow! Pow!...”

O ritmo do Carnaval de Caicó é contagiante. Que o diga a administração municipal. Nossa imprensa, ultimamente, tem mais Ibope com as surpresas locais do que com os enlaces estaduais.

De dezembro para cá, o prefeito Bibi Costa (PR) vem usando muita tinta para cobrir os cabelos brancos. Depois dos projetos do IPTU e da COSIP que mobilizaram a sociedade caicoense, para o prefeito tem começado um verdadeiro verão (não só maré) de azar.

Primeiro o seu vereador-aliado–rebelde, Leleu Fontes (PDT), declarou rompimento, assumindo o papel de oposição do seu partido na Câmara Municipal. Um anúncio para passar a virada de ano imaginando a governabilidade em 2010, já que o placar Oposição X Situação fica empatado.
Na ausência de prévias carnavalescas, já em fevereiro, o vereador Nildson Dantas (PR) larga a Secretaria de Saúde e rouba a cena ao disparar: “ele (Bibi) não deixa seus secretários à vontade realizando constantes interferências. Bibi gosta de secretário que junte dinheiro”.

O último estouro na administração Costa foi com a pasta de Educação. A secretária Graça Rêgo pediu exoneração do cargo. Especula-se que o pedido esteja ligado ao não cumprimento de alguns compromissos assumidos pelo prefeito com a categoria dos professores da rede municipal.

Curioso é que as pastas abandonadas estão sendo entregues a nomes que já exercem funções em outras secretarias. O prefeito não teria nenhum nome novo para o seu secretariado? Outros aliados não deveriam ser privilegiados? Quanto mais nomes acomodados, não seria melhor para o seu irmão-candidato Vivaldo? Ou Vivaldo reza na mesma cartilha de Bibi?

Enquanto isso, um sistema aparentemente esfacelado e Vivaldo, como suplente, ainda indeciso sobre sua vaga na Assembléia. Mesmo assim, o Papa Jerimum não perde tempo de ir para o rádio dizer que está em um dos seus melhores momentos políticos.

Ano passado, o ex-secretário de infra-estrutura, Max Azevedo, prestes a deixar a pasta, dissera em um debate na Câmara Municipal sobre a queda da parede do Mercado: “eu entrei no barco afundando, uns ratos saindo e outros entrando”! O verso de Max ainda seria válido para o inverno deste ano? Ou dá para continuar com as máscaras e ritmos do carnaval? Está pipocado ou está afundando?

POR DIEGO VALE

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