quinta-feira, 10 de junho de 2010

DELEGADO PEDRO MELO DISSE: "NUNCA RECEBI PROPINA"

Em entrevista exclusiva à Tribuna do Norte, o delegado Pedro Melo disse que é casado, pai de cinco filhos, entre eles, uma garotinha de dois meses que foi adotada. Melo que trabalhou na polícia do Estado da Paraíba por dez anos até passar em concurso público no Rio Grande do Norte afirmou ter 21 anos de serviços prestados à Segurança Pública. Abalado com a prisão, Pedro Melo disse estar surpreso com a decisão judicial.

ERA do seu conhecimento que a Justiça havia decretado um mandado de prisão desde o dia 31 de maio deste ano contra o senhor?


NÃO. Na segunda-feira (7) estive no aniversário do delegado-geral, Elias Nobre. Ninguém me disse nada. Fiquei surpreso quando recebi a li-gação do diretor da Delegacia de Polícia do Interior, Osmir Monte, que pediu que eu fosse até à Delegacia Geral de Polícia (DEGEPOL). Ao chegar lá, ele me comunicou sobre o mandado de prisão preventivo.

O SENHOR prendeu uma pessoa inocente em Caicó que em seguida cometeu suicídio? Como foi aquele dia?


EU não prendi. Havia um mandado de prisão contra um homem. Era um homônimo (pessoas que têm nomes idênticos). O delegado regional de Caicó, naquela época Olavo Dantas, foi quem determinou a prisão. Ele foi detido pelo P2 (policiais militares que trabalham na inteligência da PM) e Olavo pediu para que me avisassem da prisão. Eu já havia sido exonerado do cargo em Caicó e seria delegado em Jucurutu.

SOBRE as denúncias de que o senhor recebia propina para não investigar o jogo do bicho na cidade de Jucurutu?


QUANDO fui trabalhar naquela localidade, o jogo do bicho já existia há muitas décadas. Nunca recebi propina. Sabia que havia denúncias contra o meu trabalho na corregedoria, mas eram tão infundadas que não me preocupei. Esperava o momento para me defender.

E AS AMEAÇAS que o senhor teria feito às testemunhas de Jucurutu que iriam depor contra o senhor?


DEPOIS que deixei a delegacia de Jucurutu, em 9 de fevereiro de 2009, nunca mais estive lá. Não poderia estar ameaçando ninguém.

O SENHOR se sente injustiçado?


SIM. É uma pena que aconteça isso. Nunca fui intimado pela Justiça de Jucurutu para esclarecer qualquer que fosse a denúncia. Espero agora poder me defender. Se me derem esse direito inerente a todos os cidadãos. Nunca fugi das minhas responsabilidades.

RETIRADO DE PORTRAS DAS GRADES

FONTE: JORNAL DE FATO

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