quinta-feira, 9 de junho de 2011

Menor apreendido no final de semana com arma de fogo em Caicó, é internado no CEDUC

O promotor da infância e juventude, Vicente Elísio de Oliveira Neto, mandou internar no CEDUC na manhã desta quarta-feira, 8 de junho, um menor de idade que é natural do estado de Minas Gerais e que foi apreendido no final de semana passado em Caicó, acusado de estar armado e ameaçando uma menor.

De acordo com as informações que chegaram ao Ministério Público, o menor que tinha estado em outros anos em Caicó, e agora voltou, teria se encontrado com um desafeto seu, e armado lhe ameaçou mandando que este deixasse o seu bairro. O menor disse que este “desafeto” teria lhe agredido em 2010, por ocasião do Caicó Fest, e que no momento da investida a menor estava presente.

Com relação à denúncia de que o menor ameaçou a menor porque ela estava namorando outra pessoa, o promotor disse que não consta nada em depoimento oficial.

“O que existe é um ‘Ouvi Dizer’, e eu me preocupo muito com isso, pois os pais têm que ter muito cuidado com o que os filhos dizem. A menina teria namorado anos atrás com este menor, mas a história de que ele teria apontado arma e ameaçado ela, não existe no processo. Existe fofoca, intriga, etc.”

O menor ficará apreendido no CEDUC, até que seja julgado, mas depois do cumprimento da medida disciplinar aplicada ele será encaminhado ao seu estado de origem.

Com relação ao fato de a arma está na posse de um menor, o promotor Vicente Elísio, disse que até 2009, eram raros os casos em que menores eram apreendidos com armas, mas esse quadro mudou.

“Nós temos visto que as armas estão chegando às mãos dos menores, mas tudo isso começa com o tráfico de drogas. O traficante usa o menor para o comércio ilegal, e o arma. Primeiro eles dão os papelotes, depois as armas, e aqui isso é cada vez mais costumeiro. Primeiro os meninos são aviões, depois passam a ser soldados do tráfico”, diz.

O promotor preocupado com o avanço do tráfico de drogas lembra por fim que é preciso atacar os donos da droga que circula na cidade, na região, o que têm sido difícil mesmo com as investidas da polícia.

“É preocupante a situação, porque, por mais que se tenha feito grandes apreensões de drogas, não se têm conseguido quebrar a ‘espinha’ deste grande negócio ilegal que é o tráfico”, relata.


Fonte:Sidney Silva

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