sexta-feira, 13 de maio de 2011

Roberto Germano anuncia filiação ao PMDB e lança pré-candidatura a prefeito de Caicó



A primeira entrevista coletiva do ex-prefeito de Caicó, Roberto Germano, para anunciar sua saída do PC do B e filiação ao PMDB, foi mais do que uma simples entrevista. Roberto aproveitou a oportunidade, em que estava simultaneamente em todas as emissoras de rádio de Caicó, para lançar sua pré-candidatura a prefeito em 2012, pelo seu novo partido. Também anunciou que sua filiação irá acontecer na próxima sexta-feira (20), na Câmara Municipal com as presenças de lideranças regionais e estaduais, dentre eles o ministro Garibaldi Filho, e os deputados Henrique Alves, Nelter Queiroz, Walter Alves, além do ex-deputado Àlvaro Dias, dentre outros.

Roberto confirmou que sua intenção é manter a mesma aliança de 2008, quando disputou a prefeitura com o apoio do PMDB, PC do B, PDT, PP, dentre outros, e ampliar mais ainda seu palanque. Para isso ja iniciou conversar com o Partido da República, através do seu presidente deputado João Maia, vai procurar o PT e outras legendas. Roberto iniciou sua entrevista anunciando sua decisão de deixar o PC do B.

"Depois de receber vários convites das lideranças do PMDB, e do povo que nos convocava para novos embates, nós decidimos nos filiar ao PMDB. Quase certa da nossa filiação ser na próxima sexta-feira (20), na Câmara Municipal com a presença de varias lideranças. Já comunicamos a direção municipal e estadual do PC do B a nossa saída e vamos oficializar o nosso pedido. No dia seguinte a nossa filiação haveremos de montar nossa equipe já para começar a planejar e discutir um plano de governo para tirar Caicó da situação em que se encontra, criar uma agenda positiva para discutir nos bairros e na zona rural, para que no próximo ano, na condição de pré-candidato a prefeito, chegar para a sociedade e me colocar a disposição deles", explicou.


Marcos Dantas (Rádio Caicó AM) - Toda imprensa acompanhou essa articulação para que você se filiasse ao PMDB. Neste intervalo foram vários diálogos e até convites de outros partidos. Quando se esperava, em algumas ocasiões que você confirmasse a saída do PC do B, você acabava recuando. O que realmente fez com que você aceitasse ir para o PMDB? Foi à garantia de que seria você o candidato a prefeito? A condição de primeiro suplente também lhe segurava no PC do B?


Isso é uma decisão que não é fácil de ser tomada. Você coloca a questão de primeiro suplente de deputado estadual, que hoje foi definida que é da coligação. Mesmo assim nós entendemos que continuamos como primeiro suplente. Se você for fazer levantamento, a maioria das pessoas que nos acompanham e que vão pra luta conosco, são filiados ao PMDB. Foi assim em 2008, quando disputamos pelo PC do B, e o PMDB, o PV, o PDT e outros partidos estiveram com a gente, vendo uma proposta para Caicó. Tudo isso levei em consideração, como também a arrumação política. Você sabe que para se fazer uma aliança tem que conversar muito, com qual partido você pode se agregar. Foram muitas coisas que pesou para tomar essa decisão de se filiar ao PMDB. Ouvi minha família, os amigos, os correligionários, a população. Você tem razão: foram várias conversas, e achei no final que o denominador seria me filiar ao PMDB. Estamos vindo já como pré-candidato a prefeito, porque já sentimos, conversando com a população, que quer ver Roberto de novo na prefeitura. Vamos levar o PMDB à vitória, que teve em Manoel Torres seu último prefeito da legenda. Nós estamos vindo para o PMDB pra que possa comandar os destinos da prefeitura a partir de 2013.


Roberto Flávio (Rádio Rural AM) - Você tem um bom relacionamento com as lideranças do PMDB e está vindo para um local onde você é bem aceito. Como fica seu relacionamento com o PC do B?


Melhor possível. Nós víamos conversando com a direção estadual e municipal a todo momento. Nunca escondemos nada do partido. Quando divergirmos em algum momento, apoiando outras candidaturas que não eram do partido, conversamos com o partido, mostrando que política de faz com reciprocidade. Nessa campanha de 2010 nós apoiamos Henrique Eduardo e Álvaro Dias, além do senador Garibaldi, pessoas que tiveram conosco na campanha de 2008, e naquela oportunidade já dizíamos que retribuiríamos esse apoio. E foi assim em 2010 e vai ser assim em 2014. Política se faz conversando.


Alexandre Costa (106 FM) - Na campanha passada seus adversários exploraram uma possível relação negativa que você teria com o ex-prefeito Manoel Torres, e que ele não teria abonado a sua ficha de filiação ao PMDB. Como você responde a esse tipo de crítica?

Isso é o tipo de critica que é plantada. Meu relacionamento com Manoel Torres é o melhor possível. Sempre foi bem recebido por ele, pessoa que respeito e admiro, não só eu, mas todo o Rio Grande do Norte, pela sua historia e conduta, pela sua moral e maneira de conduzir a coisa publica, sempre que exerceu qualquer cargo, com muita honestidade. Eu convivi com Manoel Torres muitos anos e sempre tive o melhor relacionamento e a melhor admiração possível.


Clovis Pereira (Rádio Seridó AM) - Você já anunciou que vai tentar um grande arco de alianças para tentar se eleger prefeito de Caicó, e o PR ao que parece está incluído aí. Como ficará sua convivência com o atual prefeito?


Nós vamos sim procurar o PR, do deputado federal João Maia. O prefeito Bibi Costa, você pode ter certeza, jamais ficará com João Maia e vai deixar Vivaldo. Ele vai ficar no palanque de Vivaldo. Ele pode até dizer a João Maia neste momento que vai ficar com ele, para tentar levar o PR a apoiar o candidato de Vivaldo Costa. E lá na reta final, eu não sou vidente, mas quando o PR definir uma aliança e não for com o candidato de Vivaldo, aí ele vai dizer que não tem condições de ficar contra Vivaldo. Nós vamos procurar o PR. Todos sabem o que foi que Vivaldo fez com João Maia. Teve sempre a mão amiga de João Maia, teve seu apoio. Passou oito anos no governo com Wilma e na hora que o PR decidiu apoiar a candidatura de Iberê, Vivaldo vendo que o caminho mais fácil de chegar ao governo seria através de Rosalba, não contou até três. Foi direto pro palanque de Rosalba, sem dar satisfação a João Maia. Vai ser assim com o prefeito Bibi também, não vai ficar contra o governo. Na primeira audiência que Vivaldo teve com Rosalba levou Bibi a tiracolo. Eu não tenho duvidas que Bibi vá ficar por lá e por isso vamos conversar com o PR, com os outros partidos o PV, PC do B para os que querem construir um projeto para Caicó, possam estar todos juntos na eleição de Caicó.


Marcos Dantas - Por falar em João Maia, você esteve na ultima semana em Brasília e se encontrou com ele. Na oportunidade, já foram iniciadas as conversas sobre essa possível aliança entre PMDB e PR? Existe alguma possibilidade do PR indicar seu vice-prefeito?





É muito cedo pra você definir qual partido vai indicar o vice, mas vamos conversar com todos e na hora certa se chega ao denominador comum de quem será o melhor vice. Você tem que discutir com todo mundo. Vamos discutir com João Maia, com Henrique, com Garibaldi, com Nelter Queiroz, com Álvaro Dias, com os vereadores, com os outros partidos que vão se unir, com aqueles da aliança de 2008. a gente vai tentar ampliar e decidir o que é melhor para Caicó. Essa questão de vice não se decide de uma hora pra outra. Mais importante é começar a discutir como tirar Caicó da situação em que se encontra ir para os bairros de Caicó e encontrar soluções. Eu acho que Caicó nunca esteve numa situação como está hoje, com o descaso, o lixo, a buraqueira. Temos que encontrar um meio, e fazer um planejamento...




... mas você já começou a discutir com o PR essa possível aliança política ou não?


Sim. Eu conversei com João Maia. É claro que nós discutimos e tocamos no assunto de eleição. Dois políticos se encontram. Não vai só tomar café, ficar olhando um para o outro e rezar um pai-nosso. Tem que conversar política também. E eu não vejo nenhuma dificuldade dentro desse grupo de aliança, trazer o PR para essa aliança ampla que queremos fazer em Caicó.


Roberto Flávio - Quando se ventilou a possibilidade de você ir para o PMDB, seus adversários já quiseram criar algum atrito de você com Álvaro Dias, dizendo que Álvaro não permitiria que você fosse candidato a prefeito de Caicó. Como está seu relacionamento político com ele?


Nós discutimos não só com Álvaro Dias, mas com Nelter Queiroz, Henrique, Garibaldi, com Lobão, com o aval de Julio Gregório e de outras lideranças do PMDB de Caicó. Com quem Lobão não conversou ainda, nós vamos conversar. Não adianta fazer intriga entre Roberto Germano, Nelter Queiroz e Álvaro Dias. Porque a intenção agora é essa, dizer que Álvaro agora é liderado de Roberto Germano, que Nelter é liberado de Álvaro Dias. Não existe isso. O que existe é uma união de força entre todos os que estão no PMDB e vamos agregar mais gente, tentar dar nossa contribuição para que o PMDB possa crescer muito mais.


Alexandre Costa - Na hipótese de um candidato apoiado pelo ministro Garibaldi, que deve ser o seu caso, e um candidato apoiado pelo deputado Vivaldo Costa, como você analisa a possibilidade da participação da governadora Rosalba Ciarlini na próxima eleição?

Eu se fosse Rosalba não contava até dois não. Eu vinha pro palanque de Garibaldi, que foi quem ajudou mais a ela, foi quem sustentou a sua candidatura, foi quem foi pra rua com ela e quem garantiu praticamente sua eleição. Se Garibaldi não tem batido o pé e ter ficado apoiado Rosalba, não sei se hoje ela seria governadora do Estado. Eu sendo ela, onde Garibaldi tiver um candidato, eu estaria em cima do palanque dele.


Fonte: Blog do Marcos Dantas e Assessoria de Comunicação de Roberto Germano

Nenhum comentário:

Postar um comentário